sábado, 29 de novembro de 2008

Comunidado desde Zanón

À comunidadeActualidade

Uma nova crise econômica internacional começa a golpear o mundo e em nosso país. Durante este ano, se perderam mais de 70 mil postos de trabalho, a maioria na construção civil. Mas isto já começou a afetar a todos os ramos da produção e também os serviços. Mais uma vez, como nos anos anteriores, as manchetes dos diários e de todos os meios de comunicação anunciam demissões, suspensões, preventivos de crise, etc.
Por outra parte escutamos somente declarações das centrais sindicais sem tomar uma só medida, inclusive retrocedendo nas reivindicações salariais e de direitos.
Os governos, tanto nacional como provinciais, começam planos de salvamentos milionários para as grandes empresas.
Neste marco de uma nova crise econômica os operários e operárias de Zanón, depois de 7 anos de luta, temos conseguido impor na agente provincial a discussão da expropriação de nossa fábrica.
Quando a família Zanón a fechou, em plena crise de 2001, fomos nós operários quem pusemos a produzir a fábrica para defender os 260 postos de trabalho. Enfrentamos o boicote, tentativas de despejos e quiseram leva-la a leilão. Durante estes anos, e produto de nossa luta, se confirmaram nossas denuncias e a família Zanon foi processada por esvaziamento, lock out patronal e recentemente por evasão fiscal e tributária. A “justiça” nos deu razão, mas nenhuma solução.
Por isso fomos nós os que a pusemos em marcha. Durante todos estes anos não recebemos nenhum tipo de ajuda dos governos. Nem créditos, nem subsídios, nem nada. Com nosso esforço e o apoio da comunidade a fomos levando e criando postos de trabalho genuínos diretos e milhares de indiretos: pedreiras, fretes de caminhões e caminhonetas, a fábrica de caixas, e a compra de todos os insumos e matérias primas, etc.
Todos estes anos trabalhamos solidariamente com a comunidade. Com a construção de um Centro de Saúde, casas, doações mensais permanentes a escolas, hospitais, restaurantes, creches, famílias, etc.
Nosso projeto de lei é simples: que a fábrica se exproprie e fique em mãos do estado. Não queremos ser empresários nem donos. Que a produção se ponha a serviço de um plano de obras públicas de casas, escolas e hospitais para a comunidade e que o estado, garanta os salários e as condições para trabalhar. Essa expropriação tem que se fazer sem pagamento porque nem a população, nem os trabalhadores de Zanon, nem o Estado tem porque fazer cargo da dívida fraudulenta do grupo Zanón.
O governo e a maioria dos deputados consideram que a fábrica tem que passar a nossas mãos e que a expropriação tem que fazer-se sem indenização. Com sempre, nós estamos dispostos a debater as distintas idéias mas sempre sobre a base de defender os interesses dos trabalhadores e a comunidade. Nosso projeto foi apoiado por milhares de assinaturas e escrito com a universidade.
A crise econômica mundial já atinge a Argentina. Os patrões estão despedindo e suspendendo para manter seus lucros.
Inclusive as grandes Citabank ou General Motors. Os governos colocam milhões em resgates e subsídios de todo tipo.
Os operários e operárias de Zanón, que já resistimos a crise de 2001, ocupando a fábrica e colocando-a em produção, salvando nossos postos de trabalho, não podemos ser empurrados à rua novamente.
Justamente ante esta crise onde as empresas maiores e concentradas recebem milhões de dólares para salvar seus lucros, os trabalhadores temos que exigir ao governo subsídios e as garantias para poder trabalhar, para manter nossas fontes de trabalho.
Não para nos enriquecer como eles, senão para poder produzir sem pagar contas milionárias do gás ou luz que eles não pagam e seguir mantendo a fábrica a serviço da comunidade.
A crise econômica que já estão pagando os trabalhadores, nós já a passamos uma vez, e somos totalmente conscientes que os trabalhadores NÃO somos responsáveis da crise. Por isso que lhes reclamamos ao governo provincial e também ao nacional, as garantias para não por em risco uma vez mais nossa fábrica com seus mais de 450 postos de trabalhado.

Operárias e operários de Zanon – Sindicato Ceramista de Neuquén.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Atividade sobre Zanon acontece na Unicamp nesta quinta


VÍDEO-DEBATE !

FASINPAT(FÁBRICA SEM PATRÃO) DANIELLE INCALCATERRA, 64 min;

Documentário sobre Zanón, fábrica de Cerâmica no sul da Argentina, que os trabalhadores tomaram durante a crise de 2001 e que permanece hoje sob controle operário. Essa atividade faz parte de uma campanha internacional em defesa de Zanon, pela expropriação definitiva da fábrica. Zanón não se vende, não se compra, se expropria! Conheça e apóie essa luta.

Saiba mais: zanonsobcontroleoperario.blogspot.com

FRENTE À CRISE ECONÔMICA,
TOMAR A FÁBRICA É A SOLUÇÃO!
NESTA QUINTA, DIA 27, 18:00 HORAS
Auditório IFCH – Unicamp

ORGANIZAÇÃO:
Liga Estratégia Revolucionária e Movimento A Plenos Pulmões

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Moção Plenária de Estudantes Unesp/Fatec

Nós, estudantes da UNESP/FATEC, reunidos em plenária, expressamos nosso apoio, assim como do nosso DCE, com a luta dos operários de Zanon.

Zanon é uma fábrica de cerâmica localizada na cidade de Neuquén, sul da Argentina, que há sete anos vem produzindo sob controle dos próprios trabalhadores, sem patrões e com tudo decidido em assembléias. Dessa forma garante-se os empregos dos trabalhadores, além de colocar a fábrica sob os interesses do povo pobre da região, pois a fábrica contribui com doações de cerâmica aos hospitais e escolas da região.

Para nós, Zanon é um exemplo vivo para os operários de todo o mundo, principalmente em tempos de crise econômica, quando os empresários vão querer descarregar seus efeitos nas costas dos trabalhadores, com cortes de salários, redução de direitos e demissões.

É importante salientar que a luta para que Zanon produzisse sob controle dos operários contou com o apoio dos estudantes da região. Provando dessa forma a importancia da aliança estratégica entre estudantes e trabalhadores.

Todavia, nesse momento, encerrou o prazo que a justiça havia concedido para que zanon continuasse produzindo, por tanto a gestão operária da fábrica está ameaçada. Nesse sentido, mais uma vez reafirmamos nosso apoio a luta e resistência dos operários de Zanon e repudiamos qualquer tentativa de desalojamento. E nos colocamos lado a lado na luta pela expropriação definitiva da fábrica sem indenização e sob controle dos trabalhadores.

Plenária dos estudantes da UNESP/FATEC

S.José do Rio Preto, 19 de outubro de 2008

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

LANÇAMENTO FILME: Fasinpat




















Fasinpat
Danielle Incalcaterra
(2004), 64 min.

O documentário da italiana Danielle Incalcaterra retrata os primeiros meses da gestão operária na fábrica Zanón, localizada em Neuquén, Argentina. Como resposta aos ataques da patronal e a ameaça do desemprego, os operários ocupam as instancias da fábrica e dão início a gestão operária. O filme retrata as dificuldades e avanços desta experiência em seus primeiros meses: os problemas com a produção; as primeiras conquistas econômicas; a projeção nacional e internacional da fábrica; os ataques da polícia, da patronal e da justiça; o apoio da comunidade... Uma história que transcende a fábrica, retratando uma experiência de luta operária em torno de um programa classista diante de um país embebido em sua crise capitalista.

Valor:
R$ 10,00 (+ correio)

Tradução:
Ler-qi e movimento a plenos pulmões


Adquira o seu DVD, ajude a divulgar a Campanha em Defesa da Gestão Operária de Zanon e pela sua Expropriação Definitiva. Exiba em seu trabalho, escolas e universidades, centros culturais e políticos...

Para comprá-lo envie um email para:


OBS: nos envie no email o endereço de envio do(s) DVD(s) para que possamos calcular o frete.

Moção apoio CASS - PUC-SP

MOÇÃO DE APOIO AO CONTROLE OPERÁRIO DA FABRICA ZANON - ARGENTINA

31/10/2008

A gestão “MARIA PRA RETOMAR A HISTÓRIA” do CASS (Centro Acadêmico do Serviço Social) quer registrar seu total apoio e solidariedade aos trabalhadores e militantes da fabrica FaSinPat (antiga Zanon) pela luta e resistência desde 2001, quando ocuparam a mesma tornando-a uma unidade produtiva a serviço da comunidade e não reproduzindo a exclusão do sistema capitalista.

Entendemos que a luta operaria é unida a luta estudantil por uma nova visão e transformação efetiva de sociedade. Acreditamos ainda que seja de direito de todo trabalhador a reivindicação por direitos e por mudanças conclusivas em defesa de seus salários, já que são obrigados a vender sua força de trabalho para poder sobreviver.

"As bandeiras de Zanon são um verdadeiro programa para os trabalhadores frente aos ataques que virão. O rechaço conseqüente contra os ataques; a convicção que a crise tem que ser paga pelos empresários que a provocaram e não os trabalhadores; a necessidade de abrir os livros de contabilidade se os patrões alegam crise; a coordenação efetiva; a unidade das fileiras operárias; e se há demissões ou fechamento de fábrica impor a produção sob controle operário”. (Raúl Godoy, trabalhador da fábrica e dirigente do PTS)

Lutar por uma sociedade mais justa onde os que erram assumam as devidas conseqüências é o que propomos em conjunto a essa bandeira tão importante para o presente e futuro da classe trabalhadora.

Marca profunda na historia de movimentação operaria, a reivindicação dos trabalhadores da FaSinPat e todas aquelas que compreendem a relações capitalistas como atraso na transformação societária tem nosso profundo apoio, nossos braços e pernas.